Quando usado bem, o terror pode ser uma ótima demonstração da sua marca.
Em clima de Halloween, nós começamos a ver uma mudança nos logos e propagandas das grandes marcas, especialmente as internacionais. De alguns tempos para cá, a festa característica dos Estados Unidos marcada pelo clima outonal se tornou queridinha das redes sociais, especialmente para os públicos de até 30 anos. Essa trend foi importada e adaptada para o mercado brasileiro, com casas de festa criando baladas especiais para a data, restaurantes com cardápios diferenciados e publicações especiais para a ocasião. Tudo com bastante uso das imagens clássicas: abóboras, caveiras, teias de aranha, monstros e gatos pretos.
Fonte: Nickelodeon, via GIPHY
Fator Terror: Assustando para lembrar
Uma ferramenta que é pouco usada no meio publicitário é o próprio terror. Não é difícil de entender porque ele pode ser uma estratégia pouco convencional: você assusta um pouco, traz memórias daquela marca para uma pessoa; você assusta demais, e a sua marca fica mal lembrada.
Propagandas de televisão, em especial, gostam de usar do clima tenso e as temáticas clássicas da data para chamar a atenção: monstros, o som violino, jogo de sombras, barulhos repentinos… até mesmo os mais clichês jumpscares. Um dos comerciais mais famosos que faz uso disso, e que ficou famoso pela internet, foi uma campanha alemã para a bebida K-fee. A campanha “Wide Awake” (Bem Acordado), que tinha como o tema principal sustos na audiência antes de finalizar com o lema “Você nunca esteve mais acordado” após assustar o telespectador, foi tão bem sucedida que seus comerciais com jumpscares ficaram internacionalmente conhecidos. Você já deve ter visto o vídeo o ‘Fantasma aparece na terceira curva’ em algum momento da sua vida - e, se você viu, você com certeza pulou na cadeira na temida terceira curva (assim como todos nós).
Fonte: K-fee , via Tenor
Sustos e o Brasil
Comerciais com o tema de terror e horror são menos frequentes na publicidade brasileira, pois o Halloween e toda temática ainda são relativamente novas no cotidiano. Ainda assim, muitas chamadas e propagandas ficaram marcados na cultura popular por serem assustadores, especialmente quando vistos por crianças — quem não lembra do susto que era uma chamada repentina do “Linha Direta”?
Um exemplo mais positivo, menos traumatizante e que tem o jeitinho brasileiro, inclusive o folclore, mas que ainda segue na temática de monstros é a campanha “O Amor é a Melhor Herança”. Com bicho-papão, boi da cara preta, bruxas, diabos e mulas sem cabeça, era impossível não assistir a campanha, veiculada na televisão em 2003, e não esperar algo ruim - afinal, são os monstros que assombram a infância do brasileiro. Mas, numa reviravolta positiva, a temática de medo e terror é invertida, através de um jingle bem elaborado, para quebrar as expectativas, com a mensagem de “Monstros podem ser monstros, mas maltratar crianças? Isso cruza os limites”. E são nessas situações que percebemos que o terror pode ser utilizado não só pelo seu fator de choque, mas também para pegar o espectador desprevenido e subverter suas expectativas.
Fonte: RBS, via YouTube
Sem contexto, o terror é uma temática que muitas vezes pode afastar os espectadores. Porém, no mês das bruxas, é uma oportunidade de usar essa estratégia e explorar ela em diferentes áreas, espaços e públicos. Subversão de expectativas pode ter resultados grandiosos, mas nem sempre ser lembrado é necessariamente positivo. A pergunta que devemos fazer é: vale mais a pena seguir o molde ou tentar assustar com uma quebra de expectativa?
Na Sabujo, nós entendemos de estratégias de marketing diferenciadas, porque você pode até usar uma temática de terror, mas não precisa de sustos nos resultados da sua comunicação.
Fonte: Squirrel Monkey, via GIPHY
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